Em um dos momentos mais tensos da história recente do Oriente Médio, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste fim de semana que o país já eliminou dez alvos estratégicos no Irã, incluindo cientistas ligados ao programa nuclear, comandantes militares e centros de comando. A fala foi feita diretamente de uma base aérea israelense, onde o premiê reafirmou o compromisso de concluir a missão com a eliminação de ao menos mais três líderes iranianos, todos identificados como chefes de operações ligadas à Guarda Revolucionária Iraniana.
“Temos total controle dos céus de Teerã. Já atingimos dez dos alvos mais importantes. A missão será cumprida até o fim. Não deixaremos pedra sobre pedra”, afirmou Netanyahu, em pronunciamento transmitido por emissoras israelenses.
A operação, chamada “Rising Lion” (Leão em Ascensão), marca o maior ataque aéreo realizado por Israel em solo iraniano nas últimas décadas e reacende o alerta global sobre os riscos de uma guerra em larga escala, com consequências imprevisíveis para a geopolítica internacional.
A escalada do conflito: como tudo começou
Os ataques israelenses foram iniciados na madrugada de 13 de junho, após semanas de provocação mútua e crescente tensão entre os dois países. De acordo com o comando das Forças de Defesa de Israel (FDI), mais de 330 munições de precisão foram lançadas em menos de seis horas, atingindo instalações militares, centros de comando, estações de radar, silos de mísseis e centros associados ao programa nuclear iraniano.
Fontes militares confirmaram que a campanha envolveu mais de 200 aeronaves de combate, incluindo caças F-35, drones de reconhecimento e aeronaves de guerra eletrônica. O ataque foi coordenado com o auxílio de satélites espiões e bases avançadas em solo turco e curdo, além de apoio logístico não confirmado por parte dos Estados Unidos.
Alvos eliminados: o impacto direto sobre o Irã
Segundo informações da inteligência israelense, os dez alvos já eliminados incluem:
Ali Shadmani, chefe do Estado-Maior da Guarda Revolucionária;
Dois engenheiros nucleares envolvidos no projeto Fordow;
Três comandantes de brigadas de mísseis da força Quds;
Um conselheiro militar direto do aiatolá Ali Khamenei;
Três líderes operacionais do Hezbollah e milícias xiitas apoiadas por Teerã.
A lista de alvos restantes inclui nomes de alto escalão ligados ao controle de arsenais balísticos e à contrainteligência iraniana.
Retaliação iraniana e consequências civis
Em resposta aos bombardeios, o Irã lançou mísseis balísticos contra Tel Aviv e Haifa, com impacto em áreas civis e danos a prédios residenciais. Segundo o governo israelense, 24 civis morreram e mais de 60 ficaram feridos.
No lado iraniano, as perdas foram significativamente maiores. Autoridades locais estimam mais de 1.200 feridos e pelo menos 224 mortos, sendo 90% deles civis. Muitas das vítimas foram atingidas por explosões em regiões densamente povoadas de Teerã e Isfahan.
Fechamento de espaços aéreos e alerta global
Com o agravamento do conflito, diversos países anunciaram o fechamento de seus espaços aéreos:
Jordânia e Iraque suspenderam voos comerciais e militares sobre suas fronteiras;
O Irã interrompeu todos os voos domésticos;
O espaço aéreo israelense permanece sob controle total da Força Aérea.
Organizações internacionais, como a ONU e a Cruz Vermelha, alertam para o risco iminente de uma crise humanitária, com milhares de deslocados e colapso nos sistemas de saúde das regiões atacadas.
Fim da era dos aiatolás?
Embora ainda seja cedo para prever as consequências políticas dentro do Irã, analistas internacionais apontam que o alto custo dos ataques israelenses pode abalar seriamente a liderança dos aiatolás. Há relatos de protestos em cidades como Shiraz e Mashhad, além de aumento da repressão contra opositores do regime.
Para muitos observadores, o simbolismo da campanha Rising Lion — centrada na destruição da elite militar e nuclear iraniana — pode representar o início de uma nova era no equilíbrio de forças do Oriente Médio.
E agora?
A comunidade internacional segue dividida. Enquanto países europeus pedem cessar-fogo imediato, os Estados Unidos demonstram apoio tácito às ações israelenses, e a Rússia pediu que Israel “reflita antes de atacar infraestruturas nucleares ativas”, alertando para riscos globais.
Israel, por sua vez, já avisou: “Não há volta. Só a rendição total da liderança iraniana pode encerrar a campanha.”