O Banco Central aumentou recentemente a taxa Selic em 1 ponto percentual, elevando-a a um novo patamar, 12,25%. Esse aumento vem em resposta ao cenário de câmbio recorde e incerteza fiscal, com o dólar comercial atingindo um patamar histórico acima de R$ 6,11, pressionando as expectativas inflacionárias e a desvalorização do real.
Analistas destacam que essa é a segunda aceleração consecutiva do ritmo de alta da Selic, refletindo a preocupação do mercado com a sustentabilidade do arcabouço fiscal e a deterioração das expectativas inflacionárias. A previsão é que a Selic possa chegar a 16% ao final de 2025, caso ocorra um aumento adicional de até 2 pontos até o final deste ano.
A alta do dólar e a incerteza fiscal têm gerado uma reação negativa no mercado financeiro, com o Ibovespa registrando queda e o real se desvalorizando ainda mais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, anunciaram recentemente um pacote fiscal que inclui medidas para controle de gastos. No entanto, o pacote não foi bem recebido pelo mercado, aumentando a incerteza entre os investidores.
A economista Solange Srour, da UBS Global Wealth Management, afirmou que a previsão de Selic a 16% ao ano não é exagero, dada a ausência de medidas do governo para conter a inflação. Ela destacou que o mercado está justamente precificando essa incerteza e que uma política fiscal crível é essencial para ancorar as expectativas inflacionárias.
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Jornalismo Município News – Atualização 11/12/2024