O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou a chegada de 238 membros da organização criminosa venezuelana Tren de Aragua, deportados pelos Estados Unidos. A operação, que também incluiu 23 integrantes da gangue MS-13, foi realizada como parte de um acordo bilateral entre os dois países. Os deportados foram transferidos diretamente para o Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), uma prisão de segurança máxima que já abriga milhares de detentos.
Bukele compartilhou o momento em suas redes sociais, destacando que a ação não apenas fortalece a luta contra o crime organizado, mas também contribui para a autossustentabilidade do sistema penitenciário salvadorenho. Segundo o presidente, os Estados Unidos pagarão uma tarifa para cobrir os custos de detenção por um ano, enquanto os detentos participarão do programa “Zero Ócio”, que envolve trabalho e produção dentro das prisões.
Entre os deportados da MS-13, estão dois líderes de alto escalão, incluindo um integrante da estrutura máxima da organização criminosa. Bukele enfatizou que essas prisões ajudarão a coletar informações cruciais para desmantelar os últimos vestígios da gangue, incluindo seus membros, recursos financeiros, armas e redes de apoio.
A operação gerou repercussão internacional, especialmente devido à sua execução mesmo após uma ordem judicial nos Estados Unidos que bloqueava temporariamente a aplicação da “Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798”. Bukele ironizou a situação ao afirmar: “Ops… tarde demais”, sugerindo que a deportação já estava em andamento antes da decisão judicial.
Com essa ação, El Salvador reafirma seu compromisso no combate ao crime organizado, ao mesmo tempo em que colabora com aliados internacionais. A chegada dos detentos marca mais um capítulo na estratégia de Bukele para transformar o sistema penitenciário do país em um modelo autossustentável e eficiente.
Jornalismo Município News – 16/03/2025