A economia da Argentina emergiu de uma recessão severa no terceiro trimestre de 2024, registrando um crescimento de 3,9% em comparação com o segundo trimestre. Esse resultado positivo marca o fim de uma série de três trimestres consecutivos de queda no Produto Interno Bruto (PIB) e acende uma esperança de recuperação econômica após anos de dificuldades.
O presidente Javier Milei, que assumiu o cargo em dezembro de 2023, implementou um programa de ajuste econômico drástico, visando combater a alta inflação e a desvalorização do peso argentino. As medidas incluíram cortes de gastos públicos, desregulamentação de setores econômicos e incentivos à produção e exportação. Apesar dos desafios iniciais e das duras críticas, a política econômica de Milei começou a mostrar resultados significativos.
Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) mostram que, entre julho e setembro, a atividade econômica se recuperou, registrando um crescimento de 3,9% em comparação com o trimestre anterior. Esse crescimento foi impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo um aumento de 9,1% nas importações de bens e serviços e uma melhora de 12% na formação bruta de capital fixo.
Apesar das dificuldades, alguns setores se destacaram positivamente. O setor agrícola, por exemplo, apresentou um salto interanual de 13,2%, recuperando-se de uma base fraca devido à seca severa que afetou a produção em 2023. Além disso, o consumo privado mostrou sinais de recuperação, com um aumento de 4,6%, enquanto o consumo público avançou 0,7%.
No entanto, a economia argentina ainda enfrenta desafios significativos. Nove dos 16 setores que compõem o PIB registraram queda na atividade em relação ao mesmo período do ano anterior, incluindo construção (-14,9%), indústria manufatureira (-5,9%) e comércio (-6,1%). A inflação permanece elevada, com uma taxa acumulada de 166% em novembro de 2024.
O governo de Javier Milei está ciente dos desafios relacionados ao aumento das taxas de desemprego e pobreza. Algumas das medidas que estão sendo consideradas incluem continuar com as reformas econômicas para estabilizar a economia e atrair investimentos, desenvolvimento de programas específicos para criar novas oportunidades de emprego, ampliação de programas de apoio social para ajudar as famílias mais afetadas pela crise econômica, e investimentos em educação e capacitação profissional para preparar a força de trabalho para as demandas do mercado e reduzir o desemprego a longo prazo.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) elogiou as reformas implementadas pelo governo Milei, classificando-as como “melhores do que o esperado”. Segundo o FMI, a economia argentina deve encolher 3% em 2024, mas há uma projeção de crescimento de 5% em 2025, sinalizando uma recuperação sustentável a médio prazo.
O presidente Javier Milei comentou sobre os resultados, afirmando: “A Argentina decola! Estamos finalmente saindo do deserto e começando a crescer”. No entanto, ele reconheceu que ainda há muito trabalho a ser feito para superar os desafios socioeconômicos que o país enfrenta.
A recuperação da economia argentina é um sinal positivo de que as medidas adotadas pelo governo Milei estão começando a surtir efeito. Com um plano estratégico para enfrentar os desafios futuros, a Argentina busca um caminho de crescimento sustentável e redução da pobreza, retomando seu lugar como uma das principais economias da América Latina.
Jornalismo Município News – 18/12/2024 Siga @municipionews nas redes sociais