O dólar ultrapassou a marca histórica de R$ 6, intensificando a pressão sobre a inflação e comprometendo ainda mais o poder de compra do brasileiro. O impacto é direto nos preços dos alimentos, combustíveis e gás de cozinha, com aumentos expressivas na cesta básica, sobretudo na carne (7,54%) e em produtos como óleo de soja (8,38%) e tomate (8,15%). A alta afeta especialmente os mais pobres, que enfrentam dificuldades ainda maiores no fim do ano.
Com o IPCA-15 acumulando 4,77% nos últimos 12 meses, a inflação já ultrapassa o teto da meta estipulada para 2024. O aumento dos preços de alimentos e bebidas foi o maior registrado entre os principais grupos analisados pelo IBGE, indicando que o custo da alimentação no lar cresceu 1,65% em novembro. Essa pressão não dá sinais de trégua, dificultando ainda mais a vida de famílias que já convivem com orçamentos apertados.
A crise também se reflete em outros setores: as passagens aéreas subiram 22,56% em novembro, enquanto o custo de vida geral continua crescendo. Ainda que a energia elétrica tenha apresentado alívio devido à bandeira tarifária amarela, a situação econômica geral continua desafiadora, reforçando o peso no orçamento familiar.
No cenário político, o governo Lula enfrenta críticas pela dificuldade em conter o avanço da inflação e a desvalorização cambial. Economistas destacam a necessidade de políticas mais assertivas para retomar a estabilidade econômica e proteger a população mais vulnerável.
Para os brasileiros, pequenas estratégias podem aliviar o impacto dessa crise. Comprar em promoções, substituir alimentos mais caros por alternativas acessíveis e planejar as despesas com antecedência são algumas medidas sugeridas. No entanto, o contexto atual exige mais do que ajustes individuais: é preciso que as lideranças assumam o compromisso de enfrentar a crise com seriedade e eficiência.
Jornalismo Município News – 28/11/2024